segunda-feira, 6 de abril de 2009
Time-Organizator-Tabajara
Além deste, tenho quatro outros lindos blogs, que trato com a mesmíssima (des) atenção. Um deles é meu-todinho-meu-ninguém-tasca, o outro pertence ao meu “Eu lírico”, que muito provavelmente deve ter encontrado o príncipe encantado e fugido para a Polinésia, e os dois restantes compartilho com mais cinco jovens moças moderninhas e antenadas, que invejo pela força de vontade, compromisso e organização, que sempre me faltaram.
Alguns desses meus caderninhos virtuais há meses não recebem uma linhazinha sequer de meus pensamentos perdidos. Não por falta de histórias, isso eu posso garantir. Mas talvez pelo excesso delas. Considerando que no último ano me mudei de continente, país, cidade, casa, emprego, namorado e cafeteira pelo menos três vezes, não fica difícil constatar que não é preciso a terra completar um volta em torno do próprio si para que minhas informações se tornem tão obsoletas quanto a Hebe Camargo.
Meu cronômetro anda num compasso diferente, e essa condição tem me colocado em situações digamos, desconfortáveis, e que me remetem uma conclusão iminente: meu rótulo de blefe foi institucionalizado!
Sou ré confessa, sim. (Mas vou para o céu, porque me arrependi). E não me demorarei em desculpas esfarrapadas, porque preciso me concentrar agora numa solução para a maneira frustrada com que administro o meu próprio tempo ou falta dele.
Ontem enquanto cruzava a cidade do Rio de Janeiro dentro de um ônibus lotado e pensava em todos os seres humanos que andam às avessas para com a minha pessoa por conta de percepções temporais incompatíveis, imaginei bem ali na prateleira das lojas Americanas Express (praticamente uma filial da feira do Paraguai), aqui de Copacabana, a solução para os meus problemas de ordem administrativa.
Seria um aparelhinho desses multifunções que englobasse tudo aquilo que tenho que fazer toda semana e nunca consigo. Uma espécie de time-organizator-tabajara, que é muito mais que um reles despertador.
A coisa leria os meus pensamentos, registraria compromissos, dividiria minhas 24 horas em três frentes diferentes: Cadija, trabalho e relacionamento, -- e me faria sempre prosperar! Também organizaria as minhas idéias soltas (que sempre acabo deixando na mesa de algum boteco) por tópicos e me avisaria a hora certa de usá-las para algo realmente útil ou, pelo menos, para me fazer parecer mais inteligente. Ah! Também cuidaria da minha vida financeira, faria as minhas unhas e sobrancelhas e me ensinaria a encontrar a medida certa de pó de café... (Porque eu também compartilho desse mal, Ju).
Tô pedindo muito? Se até o código genético a ciência já conseguiu decodificar, porque cargas d’água não inventam um facilitador de vida pra gente? A humanidade, especialmente a humanidade com a qual eu me relaciono diretamente, seria muito mais feliz.
Ainda aproveito a deixa estendo a minha crítica ao setor farmacêutico. Se já existe pílula até para levantar defunto, porque não existe uminha sequer para fazer com que eu me entenda melhor? Tem? Não tem! Se eu babasse, o que ainda não é o caso, teria. Mas como isso ainda não aconteceu, sigo me enganando com seis doses diárias de floral de orquídeas da floresta.
O quê? Analista? Não, obrigada. Não tenho tempo.
Por Cadija Tissiani
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Muito bom!! Adorei! =D
ResponderExcluirSe achar um desse me passa o link, como garota moderninha e antenada que sou, não vejo a hora de ter o relógio facilitador.
=*
Ah, um fazedor de sombrancelhas automático pra mim já bastava!
ResponderExcluirCompartilho muito disso tudo aí em cima. Se eu te pareço muito tranquila e em ordem, é porque em algum outro canto a casa tá caindo, pode ter certeza! hehe... Por que tô sempre fazendo coisas e a minha "to do list" não diminui! Jesus!
pronto, desabafei também! hehehe!
mas aqui estamos de porta abertas, pronta pras suas palavras quando você arrumar um tempinho pra soltá-las!
beijos!!!!!!!
Gostei muito tambéem!!! Cai, se eu fosse voce, patenteava a idéia!
ResponderExcluirBeijos
Só de pensar em todas as revoluções que devo promover na minha vida, diariamente ... Evoco Macunaíma. Ai, que preguiça! E que saudade de vc, cadílson!
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