Era uma bela manhã de março. Eu havia chegado da academia e estava literalmente desmaiando de fome. Resolvi comer antes de tomar banho, assim dava tempo pro corpo esfriar.
Comecei o processo diário de desjejum. Liga a torradeira, bota o pão, separa o queijo e o presunto, serve um copo de suco, toma o remédio da tireóide e... prepara o café.
Não sei se foi o frio tremendo que sentia – ainda era inverno – ou se a fome brutal, mas o fato é que, durante o complicadíssimo processo de montagem do meu aparato fazedor de café, esqueci uma pequena pecinha no escorredor de pratos: o filtrinho.
Nunca menosprezem as pequenas peças! Elas podem ser fundamentais.
Não sei se já ocorreu com algum de vocês... mas, eu digo, não foi divertido.
Bom, passados uns minutos, a cafeteira já estava no fogo, o misto-quente quase pronto e o suco pela metade, quando... pfffffffffffffff chuáááááááááá. Não sei se a onomatopéia descreve bem, mas foi uma explosão.
A tampinha se levantou e o café saltou como um jorro de petróleo salta de um poço recém descoberto. Foi de cinema. Eu, naturalmente, soltei um daqueles gritos de filme de terror, bem agudos e longos. Quase tive um troço. Havia café por tudo e, diga-se de passagem, passei meses encontrando grãozinhos de café esquecidos.
Eu juro que naqueles instantes posteriores ao susto agradeci por viver sozinha. Não seria bacana que me vissem naquele estado lamentável. Encharcada de café até os cabelos, com os olhos cheios de lágrimas (sim, o susto foi grande!) e aquele líquido negro que parecia brotar da janela, do teto, das paredes.
Comecei o processo diário de desjejum. Liga a torradeira, bota o pão, separa o queijo e o presunto, serve um copo de suco, toma o remédio da tireóide e... prepara o café.
Não sei se foi o frio tremendo que sentia – ainda era inverno – ou se a fome brutal, mas o fato é que, durante o complicadíssimo processo de montagem do meu aparato fazedor de café, esqueci uma pequena pecinha no escorredor de pratos: o filtrinho.
Nunca menosprezem as pequenas peças! Elas podem ser fundamentais.
Não sei se já ocorreu com algum de vocês... mas, eu digo, não foi divertido.
Bom, passados uns minutos, a cafeteira já estava no fogo, o misto-quente quase pronto e o suco pela metade, quando... pfffffffffffffff chuáááááááááá. Não sei se a onomatopéia descreve bem, mas foi uma explosão.
A tampinha se levantou e o café saltou como um jorro de petróleo salta de um poço recém descoberto. Foi de cinema. Eu, naturalmente, soltei um daqueles gritos de filme de terror, bem agudos e longos. Quase tive um troço. Havia café por tudo e, diga-se de passagem, passei meses encontrando grãozinhos de café esquecidos.
Eu juro que naqueles instantes posteriores ao susto agradeci por viver sozinha. Não seria bacana que me vissem naquele estado lamentável. Encharcada de café até os cabelos, com os olhos cheios de lágrimas (sim, o susto foi grande!) e aquele líquido negro que parecia brotar da janela, do teto, das paredes.
Marieta Cazarré
Aêee!
ResponderExcluirGrande estréia no blog, Marieta Cazarré!
Espero que tenhas mais sorte amanhã pela manhã!
;)
Já aconteceu algo parecido comigo... eu deixei a cafeteira de um amigo muito tempo no fogo... além de café pelas paredes, teto, fogao, maquina de lavar roupa, etc... a borracha que existia virou pó! Eu nem sabia da existencia dela... só soube qdo ele me perguntou: onde tá a borrachinha da cafeteira?
ResponderExcluira onomatopéia realmente não foi boa, mas que história pra se viver sozinha, que agora só nos resta nas palavras, sem nenhum engraçadinho para descrevê-la por aí
ResponderExcluir:D
Ha mil anos atras, morei numa republica universitaria... 5 retardados domésticos numa caixa de sapato. Imaginem a burocracia masculina.
ResponderExcluirE o dia que aquelas 12 almôndegas transgênicas pegaram fogo naquele forninho universitario de merda e que nos tivemos que jogar a bandeja em chamas pela janela, a unica coisa que me veio à boca foi: "alguém pelo menos comprou papel higienico, po-rra?"
Confesso.
Aunque pasaste un gran susto, resulta muy graciosa la manera en que lo cuentas. Mucho más fácil comprender el portugués escrito que hablado. Sigue escribiendo que tienes tol arte ia!!!
ResponderExcluirano novo novo blog, bom começo e boa sorte...
ResponderExcluirbeijinho
oi.
ResponderExcluirveja, o texto tem algumas particularidades que não são muito apreciadas no meio literário.
mas é como dizem: blog não é livro.
então, bem, se quiser umas dicas, posso ajudar.
ah, e qual seu parentesco com o lourenço?
ResponderExcluireu participo de uma antologia com ele. hehehe. o cabra é fera.