A gota que faltava para transbordar, a força que faltava para romper. Quando a linha está por arrenbentar, como saber qual é o ponto em que ela vai, de fato, arrenbentar? Quando chega a hora certa de falar, de pedir, de agir, de perdoar. Como saber qual é a hora certa de pedir um beijo, uma ajuda, um café? Que a mágica existe e acontece, eu não duvido. Mas o que fazer na hora em que ela some? Em que parece que a engrenagem antes silenciosa e funcional, já está seca e rangedora a mais tempo do que deveria? Na hora em que o tênis molhado começa a, não só, pesar, mas a incomodar. Saber a hora de sair nunca foi minha especialidade. Sempre muito apressada, muito ansiosa, acho que costumava sair antes da hora, em todo espetáculo importante. Mas e agora? E se ele já acabou e eu não enxerguei, perdida no meio das minhas auto-medições, nessa busca ensurdecedora pelo meu limite, pelo meu equilíbrio.
Se o timing eu perco e - dizem - ele é tudo, o que me sobra? Eu me sobro ou me falto? Me basto ou me incompleto? Sempre tão tênue a distância entre a harmonia e o caos. Sempre tão oscilante entre os dois que, ao que parecer, o oscilar é, paradoxalmente, a minha constância. Meu mais frequente jeito de ser: sou variável. É querer os opostos, juntos, ao mesmo tempo, enquanto eu me divido e me somo entre os dois. É querer estar lá, mas gostar tanto daqui. É doer e sorrir ou é não sentir e chorar. É me esconder do jeito mais cretino: me expondo. Me mostro para me esconder, me escondo quando quero que me vejam. Idioticamente esperando quem nem disse que estava vindo. Idioticamente fugindo quando sei que sou esperada. Meu limite é, certamente, algo bem definido e com o qual eu, definitivamente, não me defino bem.
Se o timing eu perco e - dizem - ele é tudo, o que me sobra? Eu me sobro ou me falto? Me basto ou me incompleto? Sempre tão tênue a distância entre a harmonia e o caos. Sempre tão oscilante entre os dois que, ao que parecer, o oscilar é, paradoxalmente, a minha constância. Meu mais frequente jeito de ser: sou variável. É querer os opostos, juntos, ao mesmo tempo, enquanto eu me divido e me somo entre os dois. É querer estar lá, mas gostar tanto daqui. É doer e sorrir ou é não sentir e chorar. É me esconder do jeito mais cretino: me expondo. Me mostro para me esconder, me escondo quando quero que me vejam. Idioticamente esperando quem nem disse que estava vindo. Idioticamente fugindo quando sei que sou esperada. Meu limite é, certamente, algo bem definido e com o qual eu, definitivamente, não me defino bem.
Yeap...
ResponderExcluirAdorei!
Acho que a gente, como nossos alunos de biologia, não entende muito bem sempre o conceito de "equilibrio dinâmico", "homeostase"...
E procura constância onde, como você disse, há somente inconstância.
Cada um erra o range dos seus limites de um jeito diferente: do oito ao oitenta 200 vezes por dia ou no forçado 50% por meses sem fim... E, até chegar perto dos tais "limites", acho que a gente vai ter que sair testando tudo por aí mesmo!!!!
Muito lindo, Daya!
ResponderExcluirAcho que nesse você foi meio preditiva... Cada dia que passa, tenho me sentido mais assim, indefinida nesses limites... Aí entro aqui, dou mais uma olhada, e penso: "ufa! não estou só". E fico feliz em saber que daqui a pouco conversamos ao vivo!
ResponderExcluirWORKSHOP MULHEROES JÁ!