quinta-feira, 17 de maio de 2012

poeminha

se frágil estou
culpa minha foi

me convenci
que garanhão és
e bobinha sou

domingo, 18 de março de 2012

Pra gringo ver.


FIDELITY SONNET

Of everything to my love I will be attentive
Before, and with such zeal, and always, and so
That even facing the greatest enchantment
By my love be more enchanted my thought.

I want to live it in every vacant moment
And in its praise spread my song
And laugh my laughter, and cry my tears
In its burdening or its contentment.

And thus, when later comes for me
Perhaps death, anguish of those who live
Perhaps loneliness, end of those who love
I can say to myself of the love (that I had):

Be it not immortal, since it is flame
But be it infinite while it lasts.


De Vinícius. Traduzido por Anita.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Eu e William


A vida mudou. O blog não anda.
Eu, de novo, percebo a existência de uma desconexão imensa entre vontade e disposição.

Procrastinação, persiana, compromisso.

Teatro, parque, telefone.

Linhas e mais linhas, amor, computador.

A vida mudou. Ando estudando.
Eu, agora, depois de anos too many, encaro a obra do gringo.

Sonetos, poemas, peças.

Dialeto, especulação, the queen.

Irlanda, teatro, colônia.

A vida mudou. Ando só.
Eu, no entanto, continuo cercada de concreto e de poesia. E de amor.

Baiana. Gaúcha. Brasiliense.

Teatro, travesseiro, televisão.

Saudades, panelas, fotografias.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um ano sem postar


O que é um ano, um dia, uma hora? É aquilo que dura ou é aquilo que passa? O que nos define é aquilo que fica ou é aquilo que vai? Talvez seria o que foi e - de repente - não é mais. Agora é outro caminho, outro calendário, outra bagagem. Um excesso que podou uma falta que não parece ser preenchida. Uma desadivinhação que eu não fiz. Café na mesa, derramado, frio e fraco. Grão duro de engolir. Corte fundo de sarar. Casa grande de encher. Preenchendo cada uma das entrelinhas em aberto, a noite enterra sufocantemente quem nela se abriga. E eu, de volta as minhas linhas, só quero achar onde foi que eu desci do trem, onde foi que minha moeda não deu nem cara nem coroa, onde foi que a tela se esvaziou-se de poesia e a queimadura perdeu a paixão e se encheu-se de dor.

sábado, 14 de novembro de 2009

O Glamour de um Sabado a Noite



Ha muito me libertei da ideia fantasiosa de que viver em Nova Iorque e puro glamour.

Pelo vigesimo sabado consecutivo, a possibilidade de botar aquele salto alto, a maquiagem comprada ha um mes e nunca usada, parece bem improvavel. Como se eu nao fosse mais uma jovem solteira independente, absolutamente sublimei a possibilidade de botar o narizinho para fora de casa. Nada de mulher moderna desfilando pelo Lower East Side.

Nao me pergunte por que. Sei que fiz as unhas, botei o pe de molho e a cabeca, enrolada numa toalha, melequei de creme para tratar meus cachos danificados.

Ainda existe um pouco de culpa de estar linda e hidratada dentro de casa, e minhas vontades se misturam inclusive a falta de habilidade em detectar minhas vontades, entao a multidao em mim mesma vira uma tremenda muvuca, isso sim. Um baita empurra-empurra.

Agora, so sei que o sabado ja virou domingo.
E um cheiroso boa noite a voces!